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  • Foto do escritorNara Pinski

100 anos de uso de insulina para diabetes

O Prof. Naim Shehadeh, da Faculdade de Medicina Azrieli da BIU, escreve sobre a droga que inspira esperança, ao comemorar o 100º aniversário de seu uso no tratamento do diabetes



Cem anos atrás, em janeiro deste ano, a insulina foi usada pela primeira vez para tratar diabetes. Naim Shehadeh, um dos principais endocrinologistas de Israel, presidente da Associação Israelense de Diabetes e diretor do Russell Berrie Galilee Diabetes SPHERE, escreve sobre a droga que inspira esperança na vida dos pacientes com diabetes.


A insulina é um hormônio que está intimamente ligado ao metabolismo do corpo. Desempenha um papel vital no controle do armazenamento de energia, é responsável pela regulação dos níveis de açúcar no sangue e é secretado pelas “células beta” encontradas no pâncreas. A secreção de insulina é afetada principalmente pelos níveis de açúcar no sangue e sua principal função é levar o açúcar para as células do corpo. As células possuem receptores de insulina, por meio dos quais as células absorvem a insulina, fazendo com que os transportadores de glicose da membrana celular se abram e transfiram as moléculas de açúcar do sangue para a célula. A deficiência de insulina causa um aumento nos níveis de açúcar, o que caracteriza o diabetes.


A descoberta da insulina há 100 anos foi um dos avanços mais importantes na história da ciência médica. Até esta descoberta, não havia tratamento eficaz para salvar a vida de pacientes com diabetes tipo 1 (diabetes juvenil dependente de insulina). Além disso, a descoberta contribuiu para uma melhor compreensão da fisiopatologia dessa doença comum.


Desde a descoberta da insulina, houve muitas melhorias na produção e nas propriedades da droga. Inicialmente, a insulina era produzida a partir de animais, principalmente vacas e porcos (a insulina do porco é mais semelhante em estrutura à insulina humana). A partir da década de 1980, a engenharia genética evoluiu e tornou possível produzir insulina humana em condições de laboratório a partir de leveduras e bactérias.


Essa inovação também não constituiu o teto de vidro do desenvolvimento de tratamentos com insulina, e a última etapa foi o desenvolvimento de novas preparações denominadas “análogos de insulina”. São diferentes moléculas de insulina, dotadas de propriedades terapêuticas desejáveis ​​para melhorar o uso e atender às necessidades clínicas dos pacientes, como taxa de absorção sob a pele, potência, estabilidade e liberação gradual e uniforme ao longo do tempo.


Mesmo hoje em dia, os esforços de desenvolvimento estão em andamento, com muitas ideias de formulações “inteligentes” de insulina sendo testadas. Sua atividade estará condicionada ao nível de açúcar no sangue para evitar flutuações extremas nos níveis de açúcar e, principalmente, para evitar quedas bruscas, conhecidas como episódios de hipoglicemia.


Tecnologicamente, houve uma grande melhoria nas bombas de insulina (pequenas, precisas e fáceis de operar) e, portanto, houve um aumento significativo em seu uso. As novas insulinas foram adaptadas para uso em bombas em termos de estabilidade molecular, rápida absorção e efeito rápido em minutos.


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